A importância do advogado nos conselhos de ética médica

By Boehler Kurtz 6 Min Read

Os conselhos de ética médica desempenham papel fundamental na regulação da conduta dos profissionais da saúde, assegurando que o exercício da medicina ocorra dentro dos princípios éticos e legais. Em meio a questões técnicas e sensíveis, o papel do advogado nesse ambiente é indispensável. Segundo o advogado Dr. Aroldo Fernandes da Luz, a presença de profissionais do Direito nos conselhos é essencial para garantir o devido processo legal, a ampla defesa e o equilíbrio entre os aspectos jurídicos e médicos nas decisões disciplinares.

O que são os conselhos de ética médica?

Os conselhos de ética médica, vinculados aos Conselhos Regionais de Medicina (CRMs) e ao Conselho Federal de Medicina (CFM), têm como função julgar a conduta de médicos à luz do Código de Ética Médica. Eles analisam denúncias de pacientes, familiares, instituições ou colegas de profissão e, quando necessário, aplicam penalidades que vão desde advertência até a cassação do registro profissional.

De acordo com Dr. Aroldo Fernandes da Luz, por se tratar de processos que envolvem reputação, carreira e, muitas vezes, a liberdade de atuação do profissional, é fundamental que a condução desses procedimentos respeite os princípios constitucionais da legalidade, contraditório e ampla defesa.

O papel do advogado na defesa do médico

O advogado que atua nos conselhos de ética médica tem como missão garantir que o médico seja ouvido, que sua versão dos fatos seja considerada e que todas as etapas do processo disciplinar sejam cumpridas de acordo com o regimento interno e com a legislação vigente.

Segundo Dr. Aroldo Fernandes da Luz, a defesa técnica é ainda mais relevante quando o médico está sendo acusado de erro profissional, imperícia, omissão ou conduta antiética. Nesses casos, o advogado precisa dominar tanto a linguagem jurídica quanto os fundamentos da medicina envolvidos no caso, buscando o suporte de peritos sempre que necessário.

A atuação do advogado como conselheiro

Além de representar médicos acusados, o advogado também pode integrar os próprios conselhos como membro consultivo ou julgador. Nessas funções, ele contribui com uma visão jurídica indispensável para a correta interpretação das normas e a aplicação das sanções, preservando o equilíbrio entre o rigor ético e os direitos dos profissionais investigados.

Atuar em conselhos de ética médica requer expertise jurídica específica, orienta Dr. Aroldo Fernandes da Luz.
Atuar em conselhos de ética médica requer expertise jurídica específica, orienta Dr. Aroldo Fernandes da Luz.

Dr. Aroldo Fernandes da Luz destaca que o advogado conselheiro exerce um papel de garantia institucional, zelando para que o julgamento seja técnico, imparcial e respeitoso com todas as partes. Ele também ajuda na redação de pareceres, na análise de provas e na compatibilização entre os princípios do Direito e os preceitos médicos.

Garantia de um processo justo e ético

A participação do advogado em processos disciplinares médicos reforça o compromisso com um julgamento justo. Ele atua como um filtro contra arbitrariedades, assegurando que as sanções não sejam desproporcionais ou baseadas em critérios subjetivos. Além disso, contribui para a legitimidade do próprio conselho, que passa a contar com pareceres e votos mais bem fundamentados.

Conforme observa Dr. Aroldo Fernandes da Luz, o Direito e a Medicina compartilham um objetivo comum: proteger a dignidade da pessoa humana. Quando atuam em conjunto de maneira ética e técnica, produzem decisões mais seguras e justas, tanto para os profissionais quanto para a sociedade.

A importância da capacitação específica

A atuação do advogado em conselhos de ética médica exige preparo especializado. Além de conhecimento em Direito Administrativo e Constitucional, é necessário compreender os princípios da bioética, os regulamentos internos dos conselhos, as normas do CFM e o Código de Ética Médica.

Segundo Dr. Aroldo Fernandes da Luz, o advogado deve desenvolver habilidades como empatia, escuta qualificada, domínio técnico e capacidade de dialogar com profissionais de outras áreas. Essa multidisciplinaridade é o que diferencia a atuação nos conselhos de outras frentes do Direito.

Conclusão: uma advocacia a serviço da ética e da justiça

A presença do advogado nos conselhos de ética médica é um pilar fundamental para garantir processos justos, decisões equilibradas e respeito aos direitos dos profissionais da saúde. Seja como defensor, conselheiro ou consultor, sua atuação contribui para a integridade das instituições e para a valorização da ética no exercício da medicina.

Como afirma Dr. Aroldo Fernandes da Luz, a advocacia nesses espaços vai além da técnica: ela representa um compromisso com a verdade, com a dignidade e com o aperfeiçoamento constante das relações entre Direito, Medicina e sociedade.

Autor: Boehler Kurtz

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