A capital amapaense se transforma, mais uma vez, em palco da maior celebração da ciência e da inovação do estado com a realização da 21ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia. O evento, que se consolida como uma referência na divulgação científica da região Norte, tem início com uma cerimônia oficial marcada pela presença de representantes do Governo do Estado e de instituições de pesquisa. A proposta da edição deste ano é destacar a importância das tecnologias sociais aliadas à valorização da diversidade cultural, ambiental e científica do Amapá.
Com quatro dias de atividades gratuitas, o evento acontece em diversos espaços da cidade e reúne pesquisadores, estudantes, professores, empreendedores e o público geral interessado em aprender sobre ciência de forma acessível e prática. A programação é extensa e inclui oficinas, palestras, feiras interativas, mostras de experimentos, apresentações culturais e debates que estimulam o pensamento crítico e a troca de experiências. A mobilização de diferentes segmentos sociais reforça o papel do conhecimento como ferramenta de transformação.
A abertura oficial acontece em um ambiente voltado à integração entre saberes científicos e populares. Instituições locais de ensino e pesquisa estarão representadas para apresentar projetos que envolvem soluções inovadoras voltadas para a realidade amazônica. O foco está em mostrar que a ciência pode e deve dialogar com os desafios do cotidiano das populações locais, promovendo o desenvolvimento sustentável sem abrir mão da identidade sociocultural do Amapá.
A participação ativa do Governo do Estado na organização da 21ª edição demonstra um compromisso contínuo com o incentivo à ciência como política pública. A articulação entre secretarias estaduais e universidades tem permitido que a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia cresça a cada ano, tanto em estrutura quanto em impacto social. Os organizadores destacam que a expectativa é alcançar ainda mais participantes nesta edição, ampliando o alcance das ações educativas.
O tema escolhido para este ano reforça o protagonismo das tecnologias sociais como soluções viáveis e eficazes para problemas enfrentados por comunidades em situação de vulnerabilidade. A proposta é que os visitantes compreendam como pequenas inovações, muitas vezes criadas por moradores locais, podem ser aplicadas em larga escala com apoio de políticas públicas e do conhecimento técnico-científico. Essa abordagem valoriza o saber comunitário e promove uma nova forma de pensar o desenvolvimento regional.
Outro ponto alto do evento é o estímulo ao protagonismo juvenil. Diversas escolas públicas e privadas participam com estandes próprios, mostrando pesquisas desenvolvidas por estudantes do ensino básico. Além de permitir o contato com equipamentos e metodologias científicas, essa experiência incentiva a curiosidade e a formação de novos talentos nas áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática. Para muitos, é o primeiro passo em direção à vida acadêmica e profissional na área científica.
A diversidade cultural também tem espaço garantido durante os quatro dias de programação. Grupos tradicionais, artistas locais e comunidades indígenas contribuem com atividades que mostram como a ciência pode se aliar às práticas ancestrais e aos saberes populares. A valorização dessas expressões culturais amplia a compreensão sobre ciência como parte do cotidiano e fortalece o sentimento de pertencimento dos participantes. A programação é pensada para ser inclusiva, acessível e acolhedora para todos os públicos.
Com as inscrições abertas e expectativa de grande adesão, o evento se firma como uma das principais iniciativas de democratização do conhecimento científico no estado. A presença de grandes nomes da pesquisa nacional e local reforça o prestígio da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia em Macapá. Mais do que uma feira de ciências, o evento representa uma oportunidade única de diálogo entre sociedade, academia e governo, colocando a ciência a serviço da cidadania e da transformação social. Você pretende participar da edição deste ano?
Autor : Boehler Kurtz
