Segundo Oluwatosin Tolulope Ajidahun, compreender como as infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) afetam a fertilidade é essencial para garantir a saúde reprodutiva em todas as fases da vida adulta. Infecções como clamídia, gonorreia, sífilis e herpes, quando não diagnosticadas e tratadas adequadamente, podem causar danos silenciosos e progressivos ao sistema reprodutor de homens e mulheres, impactando diretamente suas chances de conceber.
Essas doenças frequentemente se manifestam de forma assintomática, especialmente no início, o que dificulta o diagnóstico precoce. Quando não tratadas, podem provocar inflamações nos órgãos reprodutivos, obstrução tubária nas mulheres e alterações na qualidade dos espermatozoides nos homens. A detecção precoce é, portanto, uma medida crítica para preservar a fertilidade.
Infecções silenciosas, consequências duradouras
A clamídia é uma das principais causas de infertilidade evitável no mundo, justamente por apresentar sintomas discretos ou inexistentes. Quando não identificada a tempo, pode evoluir para doença inflamatória pélvica (DIP), condição que compromete útero, trompas e ovários. De acordo com Tosyn Lopes, essa inflamação afeta diretamente o transporte do óvulo, aumentando o risco de gravidez ectópica ou até impedindo a fecundação.
Nos homens, infecções não tratadas podem gerar orquite, epididimite e prostatite, interferindo na produção e na motilidade dos espermatozoides. O quadro pode ainda evoluir para obstrução dos canais deferentes ou lesões que impactam a ejaculação, comprometendo todo o processo reprodutivo. O impacto é muitas vezes silencioso e percebido apenas diante de tentativas frustradas de gravidez.
A importância dos exames regulares e da prevenção consciente
A realização periódica de exames para ISTs é uma ferramenta poderosa de prevenção. Mesmo pessoas com vida sexual estável e sem sintomas devem manter uma rotina de check-up para garantir a detecção precoce. Tosyn Lopes aponta que, em muitos casos, a infertilidade só é diagnosticada quando o casal inicia a investigação após meses ou anos tentando engravidar sem sucesso, e, nessa fase, o dano já pode ser irreversível.

Além dos exames, a prevenção passa por comportamentos responsáveis, como o uso de preservativos, o diálogo entre parceiros e o acompanhamento ginecológico ou urológico regular. A educação sexual também tem papel fundamental, especialmente quando voltada à conscientização sobre os riscos invisíveis de infecções mal tratadas.
O impacto da negligência na saúde masculina
A saúde reprodutiva masculina, muitas vezes negligenciada em campanhas preventivas, merece atenção especial. Infecções como clamídia e gonorreia podem reduzir significativamente a contagem e a qualidade dos espermatozoides, mesmo após o tratamento. Segundo Oluwatosin Tolulope Ajidahun, é comum que homens deixem de buscar diagnóstico por ausência de sintomas, reforçando a necessidade de educação e de desestigmatização.
Ademais, as doenças podem afetar a integridade do DNA espermático, dificultando a fecundação ou aumentando os riscos de falhas de implantação e abortamentos precoces. Essa ligação entre infecções e infertilidade masculina ainda é pouco discutida, mas merece atenção redobrada nos protocolos de avaliação.
ISTs, fertilidade e relações de confiança
Buscar atendimento médico ao menor sinal de alteração genital, dor pélvica ou desconforto urinário deve ser um hábito cultivado sem constrangimento. O preconceito associado às ISTs ainda afasta muitas pessoas do diagnóstico, agravando quadros que poderiam ser facilmente resolvidos. De acordo com Tosyn Lopes, criar um ambiente de confiança com profissionais de saúde é um dos pilares para garantir um cuidado reprodutivo eficaz.
Campanhas de saúde pública, quando bem direcionadas, podem ser aliadas poderosas na disseminação de informação e na redução da infertilidade causada por infecções sexualmente transmissíveis. O investimento em prevenção é beneficial não só para a fertilidade individual, mas para toda a sociedade.
Quando o silêncio vira obstáculo: o risco da infertilidade evitável
Infecções sexualmente transmissíveis não diagnosticadas e mal tratadas estão entre as principais causas evitáveis de infertilidade. Segundo Oluwatosin Tolulope Ajidahun, a combinação entre exames de rastreio regulares, educação sexual e atendimento médico acessível pode mudar esse cenário. Cuidar da saúde reprodutiva é mais do que uma decisão médica: é um ato de responsabilidade consigo mesmo e com o futuro.
Autor: Boehler Kurtz
As imagens divulgadas neste post foram fornecidas por Oluwatosin Tolulope Ajidahun, sendo este responsável legal pela autorização de uso da imagem de todas as pessoas nelas retratadas.