Formar adultos conscientes é tarefa que se inicia cedo. A infância é a fase mais fértil para cultivar valores, atitudes e percepções que moldarão o comportamento ao longo da vida. Lina Rosa Gomes Vieira da Silva, autora do livro Bichos Vermelhos e entendedora do assunto, afirma que é justamente nesse período que a sustentabilidade deve ser apresentada como parte natural do cotidiano da criança.
Educar para a sustentabilidade na infância significa ensinar a cuidar da água, respeitar os animais, valorizar os recursos naturais e compreender o impacto das próprias ações. Não como um conteúdo isolado, mas como uma prática contínua que pode ser aprendida com sensibilidade, criatividade e afeto.
O despertar sustentável através da educação infantil
A escola tem um papel fundamental nesse processo. Quando insere práticas sustentáveis no ambiente educativo — como o uso consciente de materiais, a separação do lixo, o cuidado com hortas ou o contato com a natureza — ela permite que a criança experimente e internalize comportamentos ecológicos.
De acordo com Lina Rosa Gomes Vieira da Silva, a infância é o momento ideal para essas vivências. É quando os valores estão sendo formados, e o encantamento pelo mundo natural ainda está vivo. Uma criança que planta uma árvore ou cuida de um animal se sente parte da natureza e, por isso, se torna mais propensa a protegê-la.
O papel da literatura na formação ambiental
Histórias também ensinam. E ensinam de forma poderosa. Livros infantis com temas ambientais, como Bichos Vermelhos, conseguem traduzir questões complexas em narrativas acessíveis, emocionantes e transformadoras. Ao acompanhar a trajetória de um animal em risco ou de um ambiente ameaçado, a criança desenvolve empatia e compreensão.
Segundo Lina Rosa Gomes Vieira da Silva, é por meio da literatura que muitas crianças fazem seu primeiro contato com os problemas ambientais. E esse contato, quando mediado de forma sensível, pode se tornar uma semente de mudança, uma ideia que floresce em atitude.
Família e escola: aliadas pela sustentabilidade
A construção de hábitos sustentáveis é mais eficaz quando acontece em todos os espaços da vida da criança. Por isso, é essencial que escola e família caminhem juntas. Em casa, atitudes simples como economizar água, evitar desperdícios ou reutilizar materiais reforçam o que é aprendido na escola.
Conforme destaca Lina Rosa Gomes Vieira da Silva, quando os adultos dão o exemplo e valorizam atitudes conscientes, a criança entende que cuidar do planeta é algo importante e possível. E mais do que isso: percebe que também pode ser protagonista dessa transformação.
Pequenas ações, grandes impactos
Ensinar sustentabilidade na infância não exige grandes projetos. Muitas vezes, pequenos gestos têm impactos duradouros. Uma conversa sobre os animais do livro, uma visita a uma área verde, a escolha de brinquedos mais ecológicos ou uma atividade de reciclagem podem marcar profundamente o imaginário infantil.
O importante é que a criança perceba que suas escolhas têm consequências — e que ela pode, sim, contribuir para um mundo melhor. Como reforça Lina Rosa Gomes Vieira da Silva, a infância é a fase onde o cuidado se aprende com mais naturalidade. E é por isso que começar cedo faz toda a diferença.
Conclusão: um presente com mais consciência, um futuro com mais esperança
A sustentabilidade precisa deixar de ser um tema do futuro e se tornar uma prática do presente. Quando ensinamos nossas crianças a respeitar o meio ambiente, estamos cuidando do agora — e, ao mesmo tempo, garantindo um amanhã mais equilibrado e justo.
Educar com base em valores ecológicos, como propõe Lina Rosa Gomes Vieira da Silva, é preparar uma geração mais sensível, responsável e comprometida com a vida. Porque quando a sustentabilidade começa na infância, o futuro realmente tem motivos para agradecer.
Autor: Boehler Kurtz
As imagens divulgadas neste post foram fornecidas por Lina Rosa Gomes Vieira da Silva, sendo esta responsável legal pela autorização de uso da imagem de todas as pessoas nelas retratadas.
