Segundo o empresário Leonardo Manzan, a atuação da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) é essencial para garantir a estabilidade, a segurança e a transparência do setor energético brasileiro. A regulação eficiente da ANEEL promove um ambiente favorável ao investimento, assegura os direitos dos consumidores e fortalece a sustentabilidade do sistema elétrico nacional.
Qual a importância da regulação no setor energético?
A regulação no setor energético visa equilibrar os interesses dos agentes envolvidos — consumidores, geradores, distribuidores e investidores — e garantir que os serviços prestados sejam de qualidade, com preços justos e previsibilidade. A ANEEL é o órgão responsável por monitorar e fiscalizar essas atividades, prevenindo abusos e incentivando a eficiência.
Conforme explica Leonardo Manzan, Doutor em Direito e especialista no setor, o papel da agência vai além da simples supervisão. Ela é responsável por implementar políticas públicas, criar normativas técnicas e definir tarifas que reflitam a realidade do mercado, sem comprometer o interesse público.
Quais as funções e competências da ANEEL?
A ANEEL atua em diversas frentes no setor elétrico, com competências que abrangem desde a autorização para construção de usinas até a definição de tarifas para consumidores finais. Entre suas principais atribuições estão:
- Regulação tarifária: estabelecer critérios para o reajuste e revisão das tarifas, garantindo equilíbrio econômico-financeiro para as concessionárias e modicidade tarifária para os usuários.
- Outorga de concessões: conceder permissões para empresas gerarem, transmitirem ou distribuírem energia elétrica no Brasil.
- Fiscalização e sanção: monitorar a atuação das empresas do setor e aplicar penalidades em caso de descumprimento de obrigações legais ou contratuais.
- Mediação de conflitos: resolver disputas entre agentes do setor, assegurando o cumprimento das regras e contratos.
- Promoção de leilões: realizar leilões de energia, incentivando a competição e atraindo investimentos para o setor.
De acordo com Leonardo Manzan, a eficiência dessas funções é crucial para a modernização do setor energético brasileiro, especialmente diante do crescimento da demanda e da necessidade de fontes mais sustentáveis.

Qual o papel da ANEEL na transição energética no Brasil?
Nos últimos anos, a ANEEL tem desempenhado um papel estratégico no apoio à transição energética. Isso inclui o estímulo a fontes renováveis, como a energia solar e eólica, e a adequação da infraestrutura às novas tecnologias. A agência tem criado normas e mecanismos para viabilizar a inserção dessas fontes na matriz energética, sem comprometer a confiabilidade do sistema.
Leonardo Manzan menciona que a atuação da ANEEL é determinante para garantir que essa transição ocorra de forma planejada, com investimentos consistentes e políticas regulatórias claras. Ademais, a agência busca promover um ambiente regulatório que favoreça a inovação, como no caso das redes inteligentes e do mercado livre de energia.
Transparência e participação social
Outro pilar importante da atuação da ANEEL é a promoção da transparência e da participação social no processo regulatório. A agência realiza audiências públicas, consultas e reuniões abertas com representantes da sociedade civil, especialistas e empresas do setor. Conforme destaca Leonardo Manzan, essas iniciativas permitem que as decisões regulatórias reflitam as necessidades reais do mercado e da população, fortalecendo a legitimidade das ações da agência.
A transparência também reduz incertezas regulatórias, tornando o setor mais atrativo para investidores nacionais e internacionais. Portanto, o papel da ANEEL na regulação do setor energético é indispensável para garantir um sistema elétrico eficiente, acessível e sustentável. Sua atuação promove segurança jurídica, atratividade econômica e respeito aos direitos dos consumidores.
Em conclusão, conforme ressaltado por Leonardo Manzan, a agência precisa manter sua capacidade técnica e sua autonomia institucional para seguir liderando a modernização do setor elétrico brasileiro. Com regulação forte, transparente e estável, o país estará mais preparado para enfrentar os desafios da energia no século XXI.
Autor: Boehler Kurtz